quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Neste momento és TU...




Neste momento és tu que eu quero com todas as forças salvar. Sinto a tua vida a escorregar das minhas, das nossas mãos, pouco a pouco, lentamente, depressa demais. Sinto-me defraudada com os ensinamentos da vida. Não conseguimos que fiques por cá mais um pouco apenas com a nossa fé inabalável, nem com a força do nosso amor por ti, nem com um desejo ardente da tua presença, nem com a força de mil braços a puxarem-te para cima. Nada mais está a fazer sentido, nem esta vida que percorro sobre brasas e que te doi a ti também, nem a falta de amor, de respeito, de saúde, de dinheiro que te dói a ti também. Nem a chuva que já cai lá fora e que vês da tua janela, sentado a olhar o horizonte há eternos dias, nem o sol que brilha e nos aquece e que tu já pouco sentes em ti, nem as estradas que percorro, nem os horários loucos, nem as rotinas sem sentido, nem as disputas, as brigas, as loucuras que nos perseguem, nem a VIDA, nem a vida faz sentido. Impotente. Ate os doutos doutores que juraram Hipocrates se esqueceram de ti. Até a crise europeia te atinge e te nega tratamentos e o teu corpo secumbe ao exército branco, enfraqueces dia a dia. O teu olhar que pede ajuda, ajuda, ajuda e a minha mão que já escorrega sem forças para segurar a tua. Deste-me a vida e eu, agora não sou como tu querias, não vivo como tu querias, não sou feliz como tu querias e eu nem sequer te posso salvar dessa dor nem desse destino que te puxa impiedoso. Quis tanto, há tanto tempo, salvar-me e, agora, neste momento eras TU que eu queria salvar...não vás!!!!