quinta-feira, 6 de março de 2008

Ai Florbela Espanca...tu é que falavas verdade!!

EU...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a cruxificada...a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida.

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que alguem sonhou,
Alguém que veio ao mundo para me ver,
e que nunca na vida me encontrou.

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