Olho o meu horizonte até onde me é possível observar. Algumas duvidas surgem num emaranhado de pensamentos cruzados que, de tanto parecerem desprovidos de sentido, se organizam lentamente na minha cabeça e me levam a dizer "deixa lá isso".´Mas é certo que há coisas que não fazem mesmo sentido e isso agita-me de uma maneira desumana, dolorosa e totalmente ausente de sentido. Se os factos são por si só uma constatação da realidade e nada se me apresenta de novo, porque razão esta inquietude? se a realidade esta definida, assente, colada ao papel, porque razão há esta teima em descolar tudo para tudo refazer. Não faz sentido.
E que sentimento é este de tristeza profunda dentro de mim, como se me ausentasse e vivesse em piloto automático. Mas porque viver assim. Questão recorrente. Se o fim desejado não é que se avizinha e se a dor dilacerante de acordar após cada nascer do sol, teima em queimar meu ser e a minha alma, porquê viver assim? porque passar esta angústia para além de mim?
Dou comigo a pensar que não era nada assim. Não era nada disto, viver sempre no fim do caminho, à beira do precipício caminhando alegremente para um futuro sem futuro, não eram estes os planos. Quem me tramou? O que fiz de mim? Valerá a pena assistir a mais um pôr do sol...
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