quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Solidão e desespero


Vivemos a nossa vida rodeados de um sem número de caras, de um vai e vem de gentes que se cruzam connosco. Pessoas que se aproximam e se afastam. Pessoas que passam por nós e não nos vêem. Pessoas que nos envolvem e criam a falsa esperança de que existimos simplesmente porque olham para nós por um momento. Pessoas que nos mostram um caminho sereno até mais um lugar onde caimos no abismo. Tantas pessoas. Pessoas que nos fazem rir, que perdem tempo com palavras doces a que nos habituamos e que se perdem no tempo, pondo em causa a sua existência. Pessoas que nos desiludiram e pessoas que desiludimos também. Será por isso que a solidão se instala? porque desiludimos um dia alguém e por esse motivo ganhamos o direito de ser invisivel para sempre? (Acabar-se-ão as entregas?)
Aos poucos tudo desaparece. Qualquer hipotese de felicidade é apenas um momento fugaz, doloroso, perene. Cresce a vontade de sair daqui, libertar-me das amarras que me prendem a este mundo. Ficar insensível aos factos, às pessoas. Abandonar. Desistir. Calar. Apenas solidão e desespero.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O ASSUNTO...

Caros leitores do meu Blog, recebi o mail que a seguir transcrevo, convido-vos a ler:


MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE PROFESSORES AVALIADORES

Presidente do Conselho Executivo Avalia:

- Assiduidade
- Grau de cumprimento do serviço distribuído
- Progresso dos resultados escolares dos alunos e redução das taxas de abandono tendo em conta o contexto socio-educativo
- Participação nas actividades da escola
- Acções de formação realizadas
- Exercício de outros cargos de natureza pedagógica
- Dinamização de projectos de investigação
- Apreciação dos encarregados de educação, desde que haja concordância do docente e nos termos a definir no regulamento da escola

Coordenador do Departamento Curricular: Avalia a qualidade científico-pedagógica do docente com base nos seguintes parâmetros:

- Preparação e organização das actividades lectivas
- Realização das actividades lectivas
- Relação Pedagógica com os alunos
- Processo de avaliação das aprendizagens dos alunos

FASES DA AVALIAÇÃO:

1.ª fase: Objectivos e indicadores

- O Conselho Pedagógico da escola define os seus objectivos quanto ao progresso dos resultados escolares e redução das taxas de abandono, que são elementos de referência para a avaliação dos docentes.
- O Conselho Pedagógico da escola elabora os instrumentos de registo de informação e indicadores de medida que considere relevantes para a avaliação de desempenho.

2.ª fase: Objectivos individuais

- No início de cada ciclo de avaliação de dois anos, o professor avaliado fixa os seus objectivos individuais, por acordo com os avaliadores, tendo por referência os seguintes itens:

- Melhoria dos resultados escolares dos alunos
- Redução do abandono escolar
- Prestação de apoio à aprendizagem dos alunos incluindo aqueles com dificuldade de aprendizagem
- Participação nas estruturas de orientação educativa e dos órgãos de gestão da escola
- Relação com a comunidade
- Formação contínua adequada ao cumprimento de um plano individual de desenvolvimento profissional do docente
- Participação e dinamização de projectos

Nota: Na falta de acordo quanto aos objectivos prevalece a posição dos avaliadores

3.ª fase: Aulas observadas

- O coordenador de departamento curricular observa, pelo menos, três aulas do docente avaliado em cada ano escolar
- O avaliado tem de entregar um plano de cada aula e um portfólio ou dossiê com as actividades desenvolvidas

4.ª fase: Auto-avaliação

- O professor avaliado preenche uma ficha de auto-avaliação, onde explicita o seu contributo para o cumprimento dos objectivos individuais fixados, em particular os relativos à melhoria das notas dos alunos
- Os professores têm de responder nas fichas de auto-avaliação a 13 questões (pré-escolar) e 14 questões (restantes ciclos de ensino)

5.ª fase: Fichas de Avaliação

- O presidente do conselho executivo e o coordenador do departamento curricular preenchem fichas próprias definidas pelo Ministério da Educação, nas quais são ponderados os parâmetros classificativos
- Os avaliadores têm de preencher uma ficha com 20 itens cada, por cada professor avaliado
- O coordenador do departamento curricular preenche uma ficha com 20 itens, por cada professor avaliado
- O presidente do conselho executivo tem de preencher uma ficha com 20 itens, por cada professor avaliado
- As pontuações de cada ficha são expressas numa escala de 1 a 10.

6.ª fase: Aplicação das quotas máximas

- Em cada escola há uma comissão de coordenação da avaliação de desempenho formada pelo presidente do Conselho Pedagógico e quatro professores titulares do mesmo órgão, ao qual cabe validar as propostas de avaliação de Excelente e Muito Bom, aplicando as quotas máximas disponíveis.

7.ª fase: Entrevista individual

- Os avaliadores dão conhecimento ao avaliado da sua proposta de avaliação, a qual é apreciada de forma conjunta.

8.ª fase: Reunião Conjunta dos Avaliadores

- Os avaliadores reúnem-se para atribuição da avaliação final após análise conjunta dos factores considerados para a avaliação e auto-avaliação. Seguidamente é dado conhecimento ao avaliado da sua avaliação.

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO

- Excelente, de 9 a 10 valores
- Muito Bom, de 8 a 8,9
- Bom, de 6,5 a 7,9
- Regular, de 5 a 6,4
- Insuficiente, de 1 a 4,9

EFEITOS DAS CLASSIFICAÇÕES

- Excelente durante dois períodos seguidos de avaliação reduz em quatro anos tempo de serviço para ser professor titular
- Excelente e Muito bom reduz em três anos tempo de serviço para ser professor titular
- Dois Muito bom reduz em dois anos tempo de serviço para ser professor titular
- Bom não altera a normal progressão na carreira
- Regular ou Insuficiente implica a não contagem do período para progressão na carreira
- Dois Insuficiente seguidos ou três intercalados implica afastamento da docência e reclassificação profissional.

(in Jornal 24 horas, acessível a todos os portugueses)

Diz-se tanto que os professores não querem ser avaliados... que estão todos é a ser manipulados pelos comunistas (será que ainda comem crianças ao pequeno-almoço, como se dizia quando cheguei a Portugal, em 1976?)... que todos os outros funcionários o são e de modo rigoroso... que no sector privado toda a gente presta contas e tudo funciona, etc e tal... Pergunto: CONHECEM QUALQUER OUTRO SECTOR PROFISSIONAL QUE PASSE POR ESTE "HORROR", acima descrito? Digam-me qual... enviem-me o modelo de avaliação dos médicos, engenheiros, enfermeiros, jornalistas, ministros, economistas, gestores (do BPN, por exemplo), supervisores, carpinteiros, coveiros... seja lá o que for que seja IGUAL ao que querem fazer aos professores!!! Digam-me que profissão tem de escrever SUMÁRIOS exaustivos do que faz em cada hora de trabalho (os enfermeiros, por exemplo, no fim do turno têm de escrever registos, mas depois não levam trabalho para casa)... que tem de ELABORAR portefólios completos de TODA a sua actividade... e que TEMPO é que resta para fazer aquilo para que existe, que, no caso dos professores, é (devia ser) PREPARAR E DAR AULAS! Enviem-me, por exemplo, o modelo de avaliação que avaliou a ministra Maria de Lurdes Rodrigues enquanto foi professora... antes de ser socióloga... ou, enquanto tal, enquanto foi professora no ISCTE! Existe esse modelo... ou na altura ela era CONTRA o que agora FAZ?! Enviem-me o número de pessoas que trabalham no Ministério da Educação e que JÁ FORAM AVALIADAS! Não sabem?! Que tal investigarem? Hein? Dá muito trabalho? A Ministra vai responder como a colega da Saúde? Pois é... pois é... E ainda há gente por aí a achar que os professores são derrotistas e que não querem ajudar o país a avançar?!... Tssssss... tsssss..... Pois eu digo: ASSIM NÃO SE PODE SER PROFESSOR! DEIXEM-NOS ENSINAR!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOS PROFESSORES

Ontem, quando voltava de um dos domicílios que faço nos montes do Concelho onde exerço funções, fiz zapping na rádio e ainda fui a tempo de ouvir um programa onde se pedia a colaboração dos ouvintes para darem a sua opinião sobre a avaliação dos professores. Apesar de não ser uma rádio que oiça habitualmente, como o tema me interessava fiquei a ouvir, com as expectativas muito altas. Cedo me arrependi. O que ouvi deixou-me, no mínimo, com vergonha, medo, receio que alguém soubesse que eu pertencia à classe profissional dos professores e passo a explicar.
Todas as pessoas que ligaram e falaram em directo, reflectiam claramente a campanha que o nosso Governo tem feito para denegrir a imagem de centenas de professores que com sangue têm desenhado as páginas da educação do nosso país. Apela-se ao que de pior há dentro de nós, a uma capacidade mordaz que o ser humano tem de atacar quem mais luta por si, a seu lado, quem sempre o ajudou a ser melhor e a ir mais além. Neste momento, perdoem-me, faz todo o sentido a expressão popular "cão que não conhece o dono".
Ouvi comentários irreais e que não respondiam de todo à questão colocada na rádio. As pessoas que ouvi começavam por dizer que achavam bem que os professores fossem avaliados. Até aqui nada de transcendente. Sempre fomos avaliados e ainda ninguém me convenceu que este modelo agora proposto é melhor que o anterior. Um aparte, que eu me lembre a função pública em geral era avaliada num sistema de "cruzinhas" em que o chefe dizia de sua justiça e fundamentava a sua avaliação junto do avaliado. Pressupunha auto avaliação, também, e a avaliação final era da responsabilidade do chefe. Os professores faziam um relatório do seu trabalho, de todas as actividades desenvolvidas e uma reflexão crítica sobre o mesmo. Ficava um documento com o registo do trabalho. Aconselho quem estiver interessado a consultar um desses documentos para verificar a riqueza da acção, da intervenção, da articulação e do impacto na comunidade educativa de cada professor. Uma equipa designada pelo conselho executivo atribuia uma menção.
Hoje temos um modelo que não premeia o mérito, simplesmente porque existem quotas para a atribuição da menção de Muito Bom e Excelente. Logo aí... o mérito não vai ser premiado. Por favor, será que não percebem o que significa a existência de quotas? as movimentações, as desconfianças, as injustiças e a falta de clareza em todo o processo...
Voltando ao programa de rádio. Ouvi um senhor que se queixou de um professor que há 30 anos discriminava, segundo ele, todos os alunos que moravam em determinado bairro (no qual ele residia) e por esse motivo concordava que os professores deviam ser avaliados. Ouvi um senhor que ligou a dizer que tem uma vizinha que é professora e que passa a vida em casa de atestado, porque tem um marido que é médico. Questionou o desempenho dos seus alunos, uma vez que a professora faltaria muito. Por isso defende veementemente que os professores devem ser avaliados. Ouvi uma senhora que disse que uma professora, há 20 anos, prejudicou a filha num exame e esta não terá ido para o curso que quis porque a professora não mudou a nota do exame. Por isso defendia que os professores deviam ser avaliados, na medida em que um professor não pode prejudicar a vida de uma pessoa assim.
Não ouvi mais nada. Porque cheguei a casa, 1 hora depois do meu horário de trabalho, no qual não recebo horas extraórdinárias e ainda tinha de ir fazer o almoço para a minha filha.
Lamento não ter ouvido as histórias boas de professores que por esse país fora deixam as suas famílias para poderem exercer a sua profissão. Que ficam nas escolas para lá do seu horário de trabalho para bem dos alunos. Dos professores que se envolvem na comunidade educativa e desenvolvem projectos, às vezes contra tudo e contra todos, para o bem dos seus alunos. Dos professores que ajudam os seus alunos a serem pessoas melhores. Que chegam a casa e depois de tratar dos filhos e da casa continuam o seu trabalho pela noite fora para preparar aulas, reuniões e corrigir testes. Lamento não ter ouvido falar de tantos colegas que conheci ao longo da minha carreira, e até de mim, porque não. Depois de tanto nos entregarmos de corpo e alma, das lágrimas, dos sorrisos, das lutas, das conquistas, de sermos avaliados constantemente por alunos, pais, conselhos executivos, colegas, auxiliares, poc's, estagiários, vizinhos das escolas, ministros, outros profissionais...restar apenas o vazio de não fazer nada...restar apenas a ideia de que não queremos ser avaliados...é no minimo triste, humilhante. Por mim, apetece-me chorar.
Resta-me apenas um último desabafo: uma governo que não investe na educação, na saúde, na justiça e na defesa dos cidadãos e que denigre a imagem de todos os profissionais destas áreas, pretende construir uma sociedade de que tipo? Uma sociedade sem regras? sem respeito pelo próximo? Uma sociedade em que não se respeita o papel que cada um tem nesta sociedade? Em que não se valoriza o esforço de cada um? Vale a pena pensar nisto.


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Depeche Mode - 11/07/2009 - Porto


Tour the Universe 2009. Eu Vou? :) ou... :( ...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Perguntar directamente a maridos, namorados e afins

Have You Ever Really Loved a Woman?
( Bryan Adams )

To really love a woman,
To understand her,
You've got to know her deep inside ...
Hear every thought,
See every dream,
And give her wings when she wants to fly.
Then when you find yourself lying helpless in her arms ...
You know you really love a woman
When you love a woman,
You tell her that she's really wanted.
When you love a woman,
You tell her that she's the one.
She needs somebody, to tell her that it's gonna last forever.
So tell me have you ever really ... really, really ever loved a woman?
To really love a woman,
Let her hold you,
Till you know how she needs to be touched.
You've got to breathe her, really taste her,
Till you can feel her in your blood.
And when you see your unborn children in her eyes ...
You know you really love a women
(...)

versão original...http://www.youtube.com/watch?v=F3qsk7Q_SZg&feature=related

gosto também desta versão...http://www.youtube.com/watch?v=1yP_2VvQk4A&feature=related

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Aqueles que me têm muito amor (SALVEM-ME)


Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!


Florbela Espanca

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A vida segue imponente


A vida segue imponente, intransigente sem um desvio minimal do seu percurso universal. Podem cair corpos ensanguentados, mutilados, almas nuas, tortuosas, pode cair a chuva, inundar os montes, as ruas, pode o dia amanhecer cinzento ou o calor queimar até a água que corre no mar, que a vida passa segura, firme, senhora de si sem nunca hesitar. Nada pára tão firme compasso, tão cruel movimento. Não há sede que a faça retornar, nem dor que a faça parar por um minuto, segundo, nem vontade gigante de mudar, apagar ou um extraordinário querer consertar. Não há morte própria nem de mãe ou pai, filho, qualquer parente, nem dor dilaceral, não há erro, não há riso nem choro que a faça sequer abrandar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um dia aprendes...(William Shakespear)

Depois de algum tempo tu aprendes a diferença,
A subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E tu aprendes que amar não significa apoiares-te,
E que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos
E presentes não são promessas.
E começas a aceitar as tuas derrotas
Com a cabeça erguida e olhos adiante,
Com a graça de um adulto
E não com a tristeza de uma criança.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje,
Porque o terreno do amanha e incerto demais para os planos,
E o futuro tem o costume de cair no meio do vão.
Depois de um tempo, tu aprendes
Que o sol queima se ficares exposto por muito tempo.
E aprendes que não importa o quanto tu te importes,
Algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa,
Ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisa perdoa-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança
E apenas segundos para destruí-la,
E que tu podes fazer coisas num instante,
Das quais te arrependeras para o resto da vida.
Aprendes que as verdadeiras amizades
Continuam a crescer mesmo a longas distancia.
E o que importa não e o que tu tens na vida,
Mas quem tu tens na vida.
E que bons amigos são família
Que nos permitiram escolher.
Aprendes que não temos que mudar de amigos
Se compreendemos que os amigos mudam,
Percebes que o teu melhor amigo e tu
Podem fazer qualquer coisa, ou nada,
E terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas
Com quem tu mais te importas na vida
São-te tomadas muito depressa,
Por isso sempre devemos deixar
As pessoas que amamos com palavras amorosas,
Pode ser a ultima vez que as vemos.
Aprendes que as circunstancias e os ambientes
Tem influencia sobre nos,
Mas nos somos responsáveis por nos mesmos.
Começas a aprender que não te deves comparar com os outros,
Mas com o melhor que podes ser. Descobres que levas muito tempo Para te tornares na pessoa que queres ser,
E que o tempo e curto.
Aprendes que não importa aonde já chegaste,
Mas para onde estas a ir.
Mas se tu não sabes para onde estas a ir,
Qualquer lugar serve.
Aprendes que, ou tu controlas as tuas acções
Ou elas te controlarão,
E que ser flexível não significa
Ser fraco ou não ter personalidade,
Pois não importa quão delicada e frágil
Seja uma situação,
Existem sempre dois lados.
Aprendes que heróis são pessoas
Que fizeram o que era necessário fazer,
Enfrentando as consequências.
Aprendes que a paciência requer muita pratica.
Descobres que algumas vezes
A pessoa que tu esperas que te chute quando tu cais
É uma das poucas que te ajuda a levantar.
Aprendes que maturidade tem mais a ver
Com os tipos de experiência que tiveste
E o que tu aprendeste com elas
Do que com quantos aniversários já celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti
Do que tu supunhas.
Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança
Que os sonhos são uma parvoíce,
Poucas coisas são tão humilhantes
E seria uma tragedia se ela acreditasse nisso.
Aprendes que quando estas com raiva
Tens o direito de estar com raiva,
Mas isso não te da o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama
Da forma que tu queres que te ame,
Não significa que esse alguém
Não te ame com tudo o que pode,
Pois existem pessoas que nos amam,
Mas simplesmente não sabem
Como demonstrar ou viver isso.
Aprendes que nem sempre e suficiente
Ser perdoado por alguém,
Algumas vezes tu tens que aprender
A perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas,
Tu serás em algum momento condenado.
Aprendes que não importa
Em quantos pedaços o teu coração foi partido,
O mundo não pára, para que tu o consertes.
Aprendes que o tempo não e algo
Que possa voltar para trás,
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma,
Ao invés de esperares que alguém te traga... flores.
E tu aprendes que realmente podes suportar...
Que realmente és forte,
E que podes ir muito mais longe
Mesmo depois de pensares que não podes mais.
E que realmente a vida tem valor
E que tu tens valor diante da vida!
As nossas duvidas são traidoras
E fazem-nos perder
O bem que poderíamos conquistar,
Se não fosse o medo de o tentar...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Reencontro


Andei por ai sobre cacos de vidro tempos sem fim. Perdi a noção do tempo e o tempo esqueceu-se de mim. Passei já sem cor quase a perder-me de mim. O sol desapareceu do meu horizonte e o frio apoderou-se de mim. Acho que cheguei a fechar os olhos por muito tempo, e não sei quando acordei e porque o fiz. Lembro-me que estavas lá, estendeste a tua mão, aqueceste o meu corpo com o teu sorriso e fizeste aparecer um chão macio. Já não tinha que caminhar sobre cacos de vidro e deixei de ter frio. Os meus dias são agora coloridos, quentes, só por estares ai e enquanto estiveres ai.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


"Como se me importasse a forma como te sentes. Quero lá saber. Problemas tenho os meus e essa tua mania de tudo te correr mal já me chateia. Dizes que não aguentas mais, mas ai estás tu com esse sorriso irritante na cara. Insistes em falar comigo e contar essas coisas sem interesse, por amor de Deus, já te calavas!! Não consegues dormir...azar. Toma um comprimido. Não vês a luz ao fundo do túnel? compra uns óculos ou muda a lampada do túnel. Não tens dinheiro? e o que tenho eu a ver com isso? Epa, vai morar para um sitio mais barato, precisas de carro para quê? tira os teus filhos das actividades extra. Eles adoram? paciência a vida não é fácil. Eu também não tive nada disso e não morri, dah!!! Fartas-te de trabalhar e o dinheiro não te chega, já não posso ouvir essa conversa. Não gastes o dinheiro em coisas que não fazem falta, em... sei lá, tu lá sabes onde o gastas mal gasto. Mereces que te batam, que te deixem caida no chão, talvez isso acabe com essa tua mania de não seres feliz. Ei! estás a chorar porquê, achas que isso comove alguém? realmente...niguém te liga ou telefona ou sequer quer saber como tás, para quê??? já toda a gente sabe que estás sempre a queixar-te. Com razao? claro que com razão, mas quem tem paciencia para tanto drama! epa, a sério tenta dizer que apareceu uma oportunidade melhor e desaparece das nossas vidas para sempre. A sério, bem te quisemos ajudar, mas por amor de Deus, já CHEGAAAAAAA!"


Gaivota

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Piloto automático


Olho o meu horizonte até onde me é possível observar. Algumas duvidas surgem num emaranhado de pensamentos cruzados que, de tanto parecerem desprovidos de sentido, se organizam lentamente na minha cabeça e me levam a dizer "deixa lá isso".´Mas é certo que há coisas que não fazem mesmo sentido e isso agita-me de uma maneira desumana, dolorosa e totalmente ausente de sentido. Se os factos são por si só uma constatação da realidade e nada se me apresenta de novo, porque razão esta inquietude? se a realidade esta definida, assente, colada ao papel, porque razão há esta teima em descolar tudo para tudo refazer. Não faz sentido.

E que sentimento é este de tristeza profunda dentro de mim, como se me ausentasse e vivesse em piloto automático. Mas porque viver assim. Questão recorrente. Se o fim desejado não é que se avizinha e se a dor dilacerante de acordar após cada nascer do sol, teima em queimar meu ser e a minha alma, porquê viver assim? porque passar esta angústia para além de mim?

Dou comigo a pensar que não era nada assim. Não era nada disto, viver sempre no fim do caminho, à beira do precipício caminhando alegremente para um futuro sem futuro, não eram estes os planos. Quem me tramou? O que fiz de mim? Valerá a pena assistir a mais um pôr do sol...

domingo, 24 de agosto de 2008

Vazio


Neste lugar onde me encontro, vazio de qualquer sentido, vejo algumas sombras que me mantém neste caminho. São simbolos ocultos, perdidos no tempo colocados ali, estratégicamente, pelo destino. Recordo-me que poderei estar viva, por pequenas batidas do meu coração que ora sinto ecoar na solidão do meu mundo ou simplesmente sinto perderem-se nos ruídos desta selva que não reconheço mas que teima em crescer ao meu redor sem que eu tenha controle.
As vezes tenho controle sobre mim, outras vezes sinto-me flutuar e saio daqui para muito longe, para um lugar onde tudo o que desejo existe na dose certa e perfeita. Vejo-me numa dança eterna, envolvente, acarinhada, amparada e simplesmente feliz.
Recordo-me que poderei estar viva pelos sorrisos breves que oiço a meu redor, conhecidos, ternos, ausentes agora...mas eternos. Tenho saudades, tantas saudades, daquelas que doiem. Hoje disse a alguém que tinha saudades e esse alguém perguntou se estava tudo bem...respondi que sim, respondo sempre que sim.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Palavras de Santo Agostinho sobre a Dança


"Eu louvo a Dança, pois ela liberta as pessoas das coisas, unindo os dispersos em comunidade. Eu louvo a Dança que requer muito empenho, que fortalece a saúde, o espírito iluminado e transmite uma alma alada. Dança requer o homem libertado, ondulado no equilíbrio das coisas. Por isso eu louvo a Dança. A Dança exige o homem todo ancorado em seu centro para que não se torne, pelos desejos desregrados, possesso de pessoas e coisas, e arranca-o da demonia de viver trancado em si mesmo. Ó homem, aprende a Dançar! Caso contrário, os anjos não saberão o que fazer contigo."
Santo Agostinho

sábado, 9 de agosto de 2008

Annual Depeche Mode Convention


"Annual Depeche Mode Convention "...Irá realizar-se no dia 27 de Setembro em Los Angeles, a 11ª ediçao, ai se me saisse o Euromilhões...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Elogio ao Amor - Miguel Esteves Cardoso


"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não. Só um minuto de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

Ha mais uma estrela no céu


Mais uma estrela
lá no céu
olha agora por ti.
É a estrela mais brilhante
aquela que mais
aquecerá
o teu coração.
Nunca mais estarás
triste e sózinha,
olha o céu em
cada noite da tua vida
e sentirás o calor
de um abraço
de um beijo
de um carinho.
Lembra-te Patricia
aquela estrela
está lá só para ti,
para sempre,
ate ao dia
em que fechares
os olhos.
Nesse dia
juntar-se-à mais uma estrela
lá no céu
a olhar por quem
ca em baixo
procurará consolo
em vós.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

CONVITE


Caros visitantes do Blog, convido-vos a visitar um excelente Blog, http://www.dmdevotion.blogspot.com/, no qual me dedico a actualizar a minha devoção de há quase 25 anos. E também vos deixo o link http://www.electro-scene.com/ onde podem continuar a vossa aventura de conhecer a vasta obra destes meninos.
Try walkind in my shoes...

domingo, 20 de julho de 2008

http://www.youtube.com/watch?v=HFe6oqtjD_8&feature=related

Sem palavras...

LINDO

It doesen't matter two

http://www.youtube.com/watch?v=5TTSC7SfuMQ&feature=related

SOBERBO!

http://blog.muchmusic.com/archives/2008/07/the_10_fiercest.php

top 10 dos melhores vocalistas da última decada

O Dave CLARO que ficou em 1º lugar, alguém tem dúvidas!!!!

1. Dave Gahan

Most Depeche Mode fans can agree that Dave Gahan acts as a mouthpiece for the songwriting and lyrics that are primarily the work of bandmate Martin Gore. And even after over 25 years as the face of Depeche Mode, Dave remains a dangerously sexy, unstoppable force who manages to make grown women weep and render themselves hoarse from screaming his name. As a typical Depeche Mode set progresses, more and more clothing is removed and by the end of it, what you're left with is a bare-chested, tattooed and ripped Dave gyrating his way down the catwalk like a sexy, sweaty mess. I dare you to not get chills when Dave commands an audience of over 150,000 people to wave their arms rhythmically at the 4:43 mark of the classic Never Let Me Down Again performance below.
Watch: Depeche Mode - Never Let Me Down Again Watch: Depeche Mode - Enjoy The Silence
Obviously there are heaps more that didn't make it onto this list, so who are your favourite British frontmen? Post in the comments!
Photographs, except Matt Bellamy, Courtesy of Getty Images
Posted by Kat at 03:16 PM Comments (45)

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Rega as flores do teu lado do caminho...

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água no fim da longa caminhada do rio até casa, enquanto o rachado chegava meio vazio.

Durante muito tempo a coisa foi andando assim, a senhora chegava a casa somente com um vaso e meio de água.

Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só metade daquilo que deveria fazer.

Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser 'rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa...'

A velhinha sorriu:

Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos, tu regava-las.

Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa.

Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.

É preciso aceitar cada um pelo que é... e descobrir o que há de bom nele.

Portanto, meu 'defeituoso' amigo/a, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Esta noite...


Esta noite saí por ai. Saí de casa sem direcção e caminhei por ai, à medida que avançava o vento puxava os meus cabelos para trás e eu senti uma liberdade imensa, como se não houvesse hoje, como se não houvesse hora marcada, apenas eu e aquela brisa que me conduzia. De repente senti que os meus pés estavam descalços, era em areia fina, fria e macia que caminhavam. Segui em frente, senti um cheiro familiar, mas há muito perdido no tempo...fechei os olhos para tentar perceber se o cheiro era real e quando os abri lá estava o mar, as ondas morriam aos meus pés, percorriam o meu corpo de sensações...
Deitei-me na areia de braços abertos e deixei-me ficar, a sentir o vento, a sentir o mar, a sentir a liberdade daquele momento...esta noite saí por aí...daqui a pouco regressarei...feliz.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma espécie de desassossego


Dormir, dormir muito, dormir durante muito tempo. Dormir, dormir, dormir, um sono recuperador, revigorante, calmante. Hibernar? sim isso hibernar também me parece bem. Não me ocorre, de momento, outra forma possível de me ausentar por tempo indeterminado. De qualquer forma, nenhuma das duas propostas iniciais se apresentam como uma verdadeira possibilidade. É uma espécie de desassossego, que às vezes acalma. Às vezes acalma...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O nosso lado lunar


Não é verdade que a vida faça sentido. Simplesmente não faz. Também não é verdade que somos nós que dificultamos a vida com as nossas escolhas erradas. Como poderemos saber, com antecedência, que escolheremos o caminho correcto? Simplesmente não podemos. Resta-nos tentar seguir o caminho que mais consideramos adequado.


Todos nós temos um lado lunar, aquele lado que nos faz ser diferentes daquilo que somos todos os dias. Aquele lado que poucos conhecem, que muitos gostaríam de conhecer e que nós próprios conhecemos muito tarde na nossa vida. É esse lado lunar que nos faz aguentar as escolhas erradas que vamos fazendo, inconscientemente. É o nosso lado mais iluminado que permanece escondido quase todo o tempo.


Quase nunca ou nunca mesmo, permitimos que conheçam o nosso lado lunar. E a quem se aproxima perigosamente, simplesmente escurecemos a noite para que nada possa ser desvendado. Por mim posso dizer com orgulho, ninguém conhece o meu lado lunar. Reservo-o para mim.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Asa Livre - Polo Norte

(mais um poema magnífico desta banda...)

Abre as Asas e vai!
Ninguém merece.
Nem tu, nem eu!
Ninguém!!

Como um pássaro que vai
Quando uma porta se abre
Não olhes para trás e vai depressa

Como a noite quando cai
Abraçando a cidade
Deixa simplesmente que aconteça

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas , eu fico bem

Como um barco que se afasta
De uma das margens do rio
Não há um só lado na vida

Quando um beijo já basta
Corpo quente em corpo frio
Deixa que aconteça a despedida

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas , eu fico bem

E que a despedida
Seja só o recomeço
Livre asa soltaVoa alto, eu não te esqueço

Abre as asas e vai
Das tuas asas as minhas também
Abre as asas , eu fico bem
http://br.youtube.com/watch?v=Pjc9lUJ0t1I&feature=related

sábado, 31 de maio de 2008

Tenho saudades do mar


Hoje acordei com saudades do mar. Senti um desejo enorme de ver o mar, de sentir o cheiro do mar, de sentir o mar com as minhas proprias mãos, de ouvir o som do mar e de sentir a água fria a refrescar os meus pés cansados...Andei na net à procura de imagens mas nenhuma acalmou o meu desejo. Suspirei. Nada a fazer. Acreditam que cheguei a sentir falta de ar? fui à rua e nem no horizonte o vislumbrei. Fui à janela, fechei os olhos, tentei sentir qualquer brisa que me fizesse lembrar o mar, mas em vão. Alguém me mande um bocadinho de mar...

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pontos a favor


Ter pontos a favor é sempre bom, e se fizerem parte da lista que segue, ainda melhor:
- Bonito, elegante, charmoso, cheiroso, simpático, amável. e cavalheiro;
- Bom ouvinte e bom conselheiro;
- Dom de agradar e surpreender no momento certo;
- Inteligente e bom conversador;
- Ajuda nos momentos difíceis;
- Faz os outros sentirem-se especiais, principalmente porque fala deles com carinho, ajuda, acode, e recorda-lhes que têm algum valor e fazem falta nesta vida;
- Não recrimina mas não deixa de dar a sua opinião;
- Bom pai;
- Bom marido, companheiro, amigo, irmão, filho, colega;
- Gostar de música e de Arte;
- Gostar das coisas boas da vida;
- Trabalhador e dinâmico;
- Divertido e com sentido de humor;
- Não abandona os amigos;
- Excelente companhia;
- Compreensivo e não censurador;
- Quase perfeito...pk se for do Sporting (-1) :) mas admissível;
- Saber "preparar as refeições" (+2) :) para equilibrar o ponto anterior;
- Ajudar com os filhos;
- Voz meiga e calmante.
E se me lembrar de acrescentar mais coisas à lista, tou à vontade :)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Agora falemos de Fernando Pessoa...


Fernando Pessoa


Onde você vê um obstáculo,

alguém vê o término da viagem

e o outro vê uma chance de crescer.

Onde você vê um motivo pra se irritar,

Alguém vê a tragédia total

E o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,

Alguém vê o fim

E o outro vê o começo de uma nova etapa...

Onde você vê a fortuna,

Alguém vê a riqueza material

E o outro pode encontrar por trás de tudo,

a dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,

Alguém vê a ignorância,

Um outro compreende as limitações do companheiro,

percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.

E que é inútil querer apressar o passo do outro,

a não ser que ele deseje isso.

Cada qual vê o que quer,

pode ou consegue enxergar.

"Porque eu sou do tamanho do que vejo.

E não do tamanho da minha altura."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

LABIRINTO - Polo Norte

Em frente já não posso seguir
Ao lado tenho a porta fechada
Andar para trás não vou consentir
Não andei nada
Se entrei já não me deixam sair
E eu só queria era estar contigo
Agora já só penso em fugir
Mas não consigo
À beira do fim
É assim que eu me sinto
Perdido de ti perdido de mim
Neste labirinto
Alguém que me ouça
Neste grito que dou
E assim talvez possa saber
Para onde vou
De rosto molhado
E os olhos a brilhar
Um brilho manchado
Pelas cores deste lugar tão escuro
Sinto-me cansado
Mas não posso parar
Os olhos a arder
A boca a secar,
mas não posso parar
À beira do fim
É assim que me sinto
Perdido de ti perdido de mim
Neste labirinto
Alguém que me ouça
Neste grito que dou
E assim talvez possa saber
Para onde vou

A DANÇA - Polo Norte


Chegaste de passos apertados

Os olhos embargados

Cheios de medos teus

Pediste que te levasse a mágoa

E que te tocasse a alma olhando para os meus

Apertei-te contra ao peito,

num abraço perfeito

A rua como companhia

Às vezes escura e fria

Pura realidade

Ninguém olha p'ra ti Com olhos de gente

Ate mesmo indiferente

A quem és de verdade

Esquece o teu mundo lá fora

É hora de ir dançar

Esta noite dança só p'ra mim

Que esta dança nunca tenha fim

São asas que me dás

Levam alto p'ra longe

Esqueçe o teu mundo lá fora

É hora de ir dançar

Esta noite dança só p'ra mim

Que esta dança nunca tenha fim

São asas que me dás

Levam alto

Esta noite dança só p'ra mim

Que esta dança nunca tenha fim

São asas que me dás

Levam alto p'ra longeaté de mim

até de mim

DEIXA O MUNDO GIRAR - Polo Norte


Quantas vezes vais olhar para trás

Estas preso a um passado que pesou


Quantas vezes vais ser tu capaz


Fazer sair quem por engano entrou


Abre a tua porta


Não tenhas medo


Tens o mundo inteiro


A espera para entrar


De sorriso no rosto


Talvez o segredo


Alguém te quer falar


Olha em frente e diz-meAquilo que vês


Reflexos de quem conheces bem


Ouve essa voz, é a tua voz


Atenção e a razão que tens


Abre a tua porta


Não tenhas medo


Tens o mundo inteiro


A espera para entrar


De sorriso no rosto


Talvez o segredo


Alguém te quer falar


Deixa o mundo girar para o lado que quer


Não podes parar nem tens nada a perder


Estas de passagem,


Não leves a mal se te manda avançar


Talvez seja o sinal que não podes parar


Estas de passagem


Vai aonde queres


Ser quem tu quiseres


Estende a tua mão


De quem vier por bem,


Abre a tua porta


Não tenhas medo


Tens o mundo inteiro


A espera para entrar


De sorriso no rosto


Talvez o segredo


Alguém te quer falar


Deixa o mundo girar para o lado que quer


Não podes parar nem tens nada a perder

http://br.youtube.com/watch?v=TUft3kjd8Fk&feature=related

sábado, 3 de maio de 2008

COMO ELABORAR UM PORTFOLIO?




Caros colegas, com este documento pretendemos dar um humilde contributo nos processos de avaliação dos professores. Pretendemos também tentar responder à questão "Como elaborar um Portfolio?".


A) ELABORAR UM PORTFOLIO

A elaboração do portfolio é um momento de auto-avaliação e reflexão que permite desenvolver habilidades de avaliar o seu próprio trabalho e experiências pessoais. E todas as informações devem ser seguidas de análises e comentários.
O portfolio deve conter alguns elementos, como: capa, folha de rosto, dedicatória, agradecimentos, sumário, introdução, desenvolvimento e conclusão:

Capa: deve conter informações como instituição, título, nome completo do autor, local (cidade da instituição) e ano;


Folha de rosto: apresenta os elementos necessários à identificação do trabalho e deve conter o nome do autor (em caixa alta), nome do professor (em caixa alta), título (em caixa alta), finalidade do portfolio, local (cidade), data (mês e ano);


Dedicatória: Folha opcional, na qual o autor dedica o seu trabalho;


Agradecimentos: é opcional, nesta folha são registrados os agradecimentos às pessoas ou instituições que colaboraram na realização do trabalho;


Sumário: é a enumeração das divisões e capítulos, na ordem que encontra-se no trabalho e com indicação da página inicial correspondente;


Introdução: é uma justificativa, onde você vai explicar o que é o trabalho, a importância dele;


Desenvolvimento: pode ser dividido em três partes: área pessoal, acadêmica e profissional.



( 1) Área Pessoal

Nesta etapa tente traçar o seu perfil. É importante descrever como é a sua vida, fale da família, dos amigos, o que gosta de fazer nos fins de semana, da sua personalidade, fatos que foram significativos e seus objectivos. Uma outra maneira de traçar o seu perfil é pedir aos seus pais e amigos para escreverem relatos ou depoimentos sobre você. É válido mencionar a realização de trabalhos voluntários em Organizações Não Governamentais - ONGs ou instituições de assistência social, pois há uma crescente preocupação por parte das organizações com programas e projectos sociais;


(2) Área Académica


É válido descrever todas as participações em eventos durante esta fase, como por exemplo congressos, seminários, cursos, pesquisas desenvolvidas e actividades académicas. Pode-se anexar avaliações de disciplinas que tenha maior grau de afinidade, pois essa variedade de avaliações indica que você tem uma visão generalista e amplo conhecimento. Lembre-se que o portfolio é um documento para desenvolver uma reflexão crítica com relação às suas próprias experiências e resultados, portanto não deve conter apenas avaliações, certificados de cursos, congressos e seminários, é necessário que relate a importância e o que acrescentou para você a participação nestas actividades;


(3) Área profissional


Nesta etapa, deve-se relatar as experiências profissionais mais significativas, o que seu trabalho trouxe de benefícios e resultados para a organização, as homenagens recebidas, certificados, prémios e promoção. Estabeleça objectivos de curto, médio e longo prazo, elabore planos de desenvolvimento e de carreira;
Conclusão: É a parte onde se devem fazer as considerações finais com relação ao portfolio e expor o que acrescentou e a importância da elaboração deste trabalho.
O portfolio é um documento dinâmico, está sempre num processo de mudanças e aperfeiçoamento, portanto deve ser actualizado com frequência



B) O que é o portfólio do professor?


Podemos dizer que o portfólio do professor é uma colecção razoavelmente pequena e criteriosamente organizada de materiais e recursos produzidos pelo professor ou em colaboração com outros, que sejam representativos:

  • do seu trabalho;
  • do seu estatuto profissional;
  • da sua competência pedagógica;
  • do seu conhecimento dos conteúdos que lecciona; de outros atributos pessoais e profissionais que contribuem para o tornar um professor único;
  • Com espaço para a reflexão e auto-avaliação;
  • Organizado numa pasta ou dossier ou em suporte digital.

    O que é que transforma um conjunto de artefactos num portfólio?
  • Reflexão (para conhecer, actuar, mudar, melhorar);
  • Implicação pessoal (o portefólio leva uma pessoa dentro);
  • Continuidade (construído e reconstruído ao longo do tempo, “longa carta” que o professor envia a si próprio);
  • Partilha (colegas, alunos, outros).

    A palavra Portfolio é emprestada pelos artistas. Por exemplo: quando queremos contratar um fotógrafo e queremos conhecer a sua forma de trabalhar, este profissional mostra-nos um conjunto das suas melhores fotografias para podermos avaliar a qualidade do seu trabalho.

    Aqui pede-se para fazer o mesmo relativamente às suas competências ao nível da acção educativa.

    O portfólio é um instrumento de auto-avaliação e de auto-orientação que permite reconhecer e reflectir sobre competências adquiridas ao longo da sua vida (experiências formais e informais), as quais podem servir de prova física e argumento ao nível do reconhecimento institucional e profissional.


    PEQUENOS PASSOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PORTFÓLIO

    Inicie o seu Portfólio com construção da página de identificação, onde devem ser referidos os seus dados pessoais: nome, morada, n.º telefone, data de nascimento, nacionalidade, n.º Bilhete de Identidade ou do Cartão de Autorização de Residência. Ao escrever estes dados, poderá acrescentar uma ou mais fotografias, melhor ilustrando quem você é. Em anexo, deverá incluir ainda o seu Curriculum. Sente-se confortavelmente e pense em todas as actividades, jogos, trabalho que fez com crianças; as vezes que ficou com o seu irmão mais novo sem poder sair e ir ao cinema, as vezes que brincou com a filha da vizinha, o seu trabalho de babysiter.

    Escreva tudo, organizando por datas, para nada ficar esquecido e depois procure encontrar provas que demonstrem todos esses momentos (fotografias, textos, certificados, declarações, trabalhos, experiências informais de relevo que estão relacionadas com competências de agente de acção educativa).

    As provas

    Deve ser o mais criativo e perfeito possível na apresentação das suas provas (por exemplo colocar datas, nomes das pessoas, assinatura de responsáveis e os seus contactos). Deixamos-lhe aqui algumas ideias:

    Pode pedir, por exemplo, a um técnico que trabalhe nesta área que o observe enquanto você desenvolve uma das competências requeridas. Por exemplo, enquanto você alimenta uma criança. No final, o técnico pode realizar uma pequena avaliação, atestando as suas capacidades nessa área. Não se esqueça de pedir a assinatura e colocar a data no documento assinado.

    Pode realizar uma reflexão sobre o seu desempenho com um técnico desta área para melhor avaliar as suas competências.

    Poderá juntar trabalhos que realizou sobre crianças ou mesmo materiais que criou para actividades com crianças.

    Pode realizar livros de registo diário das suas actividades, explicando os seus procedimentos e descrevendo os planeamentos.

    Pode agrupar relatórios (por exemplo se for ama, pode pedir relatórios aos pais das crianças de quem cuidou - se os pais não souberem escrever, podem fazer pequenos relatos que você anota), certificados de formações realizadas, referências de antigos empregadores, material recolhido junto das pessoas com quem trabalhou ou junto das instituições onde trabalhou. Valido para todas as funções em educação.

    Pode descrever situações que tenham a ver com a sua experiência passada, mesmo que actualmente, na sua prática diária não utilize tais competências.

    Pode tirar fotografias ou realizar um pequeno vídeo enquanto desempenha uma das competências requeridas.

    No final, poderá juntar ao seu Portfólio o resultado das competências realizadas na Lista de Perfis de Desempenho, na Lista de Conhecimentos e ainda do teste que realizou, imprimindo os resultados.

    Seja criativo, até pode fazer um Portfólio on line, em blog ou em suporte digital.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo

Caros amigos, colegas e distintos visitantes do "meu" BLOG, apresento-vos o Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, no qual exerço as minhas funções profissionais dando o meu humilde contributo. Visitem o BLOG www.ipforeveri.blogspot.com e inteirem-se da missão deste serviço. Divulguem...

quarta-feira, 26 de março de 2008

O PRINCIPEZINHO - o resumo


Quando gosto de um livro gostava que toda a gente o lesse. Deixo-vos um resumo e convido-vos a entrar na aventura de o ler COM O CORAÇÂO.



O narrador é um piloto de avião (autor do Livro), cujo avião despenha-se no deserto do Sahara. O acidente estraga o avião e deixa o narrador com pouca água e comida. Enquanto ele estava preocupado com a sua actual situação, o Principezinho aproxima-se dele. Este era um pequeno rapaz loiro que pede ao narrador para lhe desenhar uma ovelha. O narrador aceita, e os dois tornam-se amigos. O piloto aprende que o Principezinho vem de um pequeno planeta chamado Asteróide 324, mas as pessoas na Terra chamam-no de Asteróide B-612. O Principezinho tem bastante cuidado com o seu planeta, evitando que ervas daninhas cresçam. Um dia, uma misteriosa rosa floresce no planeta e o Principezinho torna-se amigo dela. Porém um dia ele apercebeu-se que a rosa mentia-lhe, logo não podia confiar nela. Ele tornou-se solitário e decidiu partir. Apesar de se ter reconciliado com a rosa, o Principezinho decidiu explorar outros planetas e curar a sua solidão.Enquanto viajava, o narrador diz-nos, que o Principezinho passa por asteróides vizinhos e encontra pela primeira vez o estranho mundo dos adultos. Nos seis planetas que o Principezinho visita, ele encontra um Rei, um Presunçoso, um Bêbado, um Homem de Negócios, um Acendedor de Candeeiros, um Geógrafo, todos eles vivem sozinhos e estão completamente consumidos pelas suas actividades. Tais estranhos comportamentos divertem e perturbam o pequeno príncipe. Ele não entende a necessidade de mandar nas pessoas, de ser admirado, e possuir tudo. Com a excepção do Acendedor de Candeeiros, cuja persistência o Principezinho admira, ele não pensa muito nos adultos que visita e nem aprende algo útil. No entanto, aprende com o Geógrafo que as flores não duram para sempre e por isso começar a sentir saudades da rosa que deixou no seu planeta.Devido à sugestão do Geógrafo, o Principezinho visita a Terra, mas ele aterra no meio do deserto e não encontra humanos. Em vez disso, ele conhece uma serpente cobra que lhe fala em enigmas e insinua que se ela desejar devido ao seu veneno mortal pode enviá-lo para estrelas. O Principezinho ignora a oferta e continua a sua exploração, parando para falar com uma flor e subindo a montanha mais que ele encontra, onde ele confunde o eco da sua voz com uma conversa. Ele encontra uma rosa, que o surpreende e o deprime – a sua rosa tinha-lhe dito que ela era a única da sua espécie. O Principezinho torna-se amigo de uma raposa, que lhe ensina que as coisas importantes são visíveis ao coração, e que o tempo que ele esteve longe da rosa faz com que a rosa seja especial para ele e que o amor torna a pessoa responsável pelos seres que ama. O Principezinho toma consciência que apesar de haver muitas rosas, o seu amor pela rosa faz com que ela seja única e que ele seja por isso responsável por ela. Apesar desta revelação, ele sente-se muito sozinho porque está tão afastado da sua rosa. O Príncipe termina a sua história descrevendo os encontros com dois homens: o Agulheiro e o Comerciante.No oitavo dia do narrado no deserto, e devido à sugestão do pequeno príncipe, ele procuram um poço. A água alimenta os seus coração tal como os seus corpos, e os dois partilham o momento de felicidades à medida que ambos concordam que muitas pessoas não vêem que o que é realmente importante na vida. Todavia o Principezinho apenas consegue pensar no regresso à sua rosa, e ele começa a fazer planos com a serpente para voltar ao seu planeta. O narrador consegue consertar o seu avião no dia anterior ao aniversário de um ano da chegada do Principezinho à Terra. O Principezinho e o narrador saem do lugar onde o primeiro tinha aterrado. A serpente morde o Príncipe, que cai devagar sem fazer barulho na areia.O narrador fica confortado quando não consegue encontrar o corpo do Principezinho no dia seguinte e está convencido que o Príncipe retornou ao seu asteróide. O narrador é também confortado pelas estrelas, nas quais ele agora ouve o riso do seu amigo. Muitas vezes, contudo, ele fica triste e pensa se a ovelha que ele desenhou terá comido a rosa do Principezinho. O narrador conclui mostrando aos leitores o desenho da paisagem do deserto e pedindo-nos para pararmos por uns instantes sob debaixo das estrelas se por acaso estivermos um dia em África, no deserto e para avisarmos imediatamente o narrador se o Principezinho voltar.


quinta-feira, 6 de março de 2008

Ai Florbela Espanca...tu é que falavas verdade!!

EU...

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do sonho, e desta sorte
Sou a cruxificada...a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida.

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que alguem sonhou,
Alguém que veio ao mundo para me ver,
e que nunca na vida me encontrou.

Avaliação do desempenho dos professores - 2a reflexão

Caros colegas, venho apenas testemunhar que o processo de avaliação dos professores vai de vento em popa. Todos os agrupamentos a nível nacional estão empenhados no cumprimento dos prazos, todos os professores estão de acordo e percebem exactamente que lhes foi pedido. O Ministério da Educação pediu a preciosa colaboração ds professores que tanto admira e cuja imagem tanto valoriza. Há apenas um pormenor ou outro por limar, mas nada de extrema importância, como por exemplo o não se contemplar na avaliação items específicos para a especificidade de quem exerce funções nos serviços de Intervenção Precoce. Caros colegas educadores das Equipas de Intervenção Directa, por favor deixem o processo correr, sejamos avaliados segundo os items do Ensino Especial, que como sabem se adaptam perfeitamente ao Modelo de Intervenção Precoce centrado na família, em que todo o processo é acordado com as familias e claro que as "nossas" familias receberão muito bem e sem reservas os nossos avaliadores lá em casa (nos montes e vales por onde andamos) para saber se damos bem aulas. Ahhh e também é importante saber se o sucesso escolar de uma criança de 3 anos é superior a 5% ao do ano anterior, e sermos avaliados por isso, mesmo que o diagnóstico médico da criança refira a impossibilidade de progredir ou ter sucesso. Lá se vai um item avaliado negativamente para nós...há que contornar isto, sejamos criativos. Não me falhem agora!!
Caros colegas, os educadores de infância são reconhecidos pela sua meiguice, por favor, educadores das EID não fiquem zangados por não serem contemplados nem convocados para as reuniões de discussão e esclarecimento do nosso querido 03/2008. Afinal estamos nesta profissão por motivos de missão e não para reconhecimentos pessoais, nem sequer é necessária a nossa presença nos foruns de discussão deste tema. Confiamos plenamente nas decisões de todos e humildemente aceitamos o que nos for sugerido.
Votos de um bom trabalho e "Muita calma nesta hora!" tou convosco

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Acesso de loucura

lalura malura falura pupura.
quist mapist talist paquisto.
Timba lalinda malinda falita.
Paco rabaco locato picato.
Lua falua balula.
Cuca
Cuquinha
Larica laroca laruca.
Chixa falica malica paluca.
Mica dalita calura.
Roca faloca kalcoca.
Cura que cura
pura que pura
louca loucura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Apetece-me gritar


Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Apetece-me gritar
Sinto-me...
um "Eduardo mãos de tesoura"
versão revista e piorada
Incompreendida
nesta vida, maltratada
sinto que não sou nada.
Aberração
saco de pancada
coisa imperfeita
pedaço de nada.
Com estes olhos
não vejo a luz,
a minha voz
não a ouve ninguém
grito mudo
impludo.
Existo apenas porque respiro.
Sou aquela que incomoda
que serve de capacho
para o mundo pisar.
Sou a que passa
e ninguém vê
a que não precisa de nada
areia seca do deserto.
olhar vazio
(como na foto)
sem esperança
a que tudo e todos magoa
tudo destroi.
Terra inculta
erva seca,
olho para mim pouco vejo
e o que vejo
é nada nada.
Sou a que passa a vida
a mendigar
e tem a alma vazia
de amor.